terça-feira, 24 de setembro de 2013

Curiosidade

Eu sempre fico pensando o que tem na bolsa dos outros.

Tipo quando você vai ao banheiro da casa de alguém. É muito legal.

O que será que tem atrás do armário de espelho? E no armário do gabinete? Que shampoo usa? Ah vá, nunca pensou? Me engana que eu gosto, todo mundo é curioso. Pode ser que sua curiosidade só não seja essa.

Adoro conhecer banheiros. Desde criança era uma diversão minha, da minha irmã e dos meus primos. A gente chegava a um restaurante e a primeira coisa era: "Vamos conhecer o banheiro?". Coisa louca. Só que mundo afora tem um banheiro mais lindo e mais legal que o outro, acredita? O banheiro do hotel Faena em Buenos Aires, por exemplo, é a coisa mais incrível. Google nele.

Enfim, falava sobre bolsas.

Hoje saindo de casa com a mochila praticamente estourando de tão cheia, pensei como seria se alguém me convidasse (?!) para uma daquelas seções de revistas femininas em que as bolsas das personalidades são reveladas.
Tá curioso? Quer saber o que tem nela? Eu mostro.


Pergunta: a pessoa está indo trabalhar, precisa mesmo de tudo isso? Aí eu te respondo: e se espirra? e se descabela? e se faz sol? e se dá fome? e se bafo?

Acho que a maioria das pessoas, não importa onde estejam, anda mesmo com um sem fim de coisas, só pra não ter que comprar outro, passar vontade, necessidade, etc. Em minha bolsa hoje ainda tinha um casaco, um jornal e o celular. Só faltou o guarda-chuva, mas como eu vim de carro, aquele está lá.

Há uns meses decidi que no dia a dia iria voltar a usar uma mochila. Cabe mais coisa, fora que nos ajuda a dividir o peso corretamente nas costas, claro e evidente, se você não fizer como eu e colocar somente aquilo que realmente precisa.

É um exercício difícil, mas será inevitável.

Mas e aí, o que tem na sua bolsa?

=)


sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Dino

Todo mundo já assistiu a um filme chamado "Um dia especial" (título original "One fine day") com a Michelle Pfeiffer e o George Clooney. Se não assistiu e gosta de uma comédia romântica, vai lá. Se não, beijo, nem precisa ler o resto.

A verdade é que esse post não tem nada a ver com o filme, senão com uma cena emblemática, que me persegue há anos.

Veja, ambos os atores já são ridiculamente maravilhosos, não saberia dizer se é possível encontrar ali algo mais traumático que suas próprias belezas estampadas em nossa cara & em forma de casal. Vrrrra! Na cara!

No entanto, sim, foi possível que um detalhe a mais me marcasse a ponto de hoje estar aqui a confidenciar esse segredinho com vocês.

Vamos lá.

A personagem da Michelle Pfeiffer tem um filho. Esta criança não deve ter mais que 7 anos. Como não sei precisar em anos/números as idades de crianças que não conheço, vale saber que este pequeno infante sequer é um pré-adolescente (no filme, porque pode ser que hoje ele seja mais velho que eu e você juntos).

Mamãe Michelle tem uma reunião muito importante, mas não tem com quem deixar seu pirralho. Ele vai junto. No meio dessa confusão toda, ele suja a camisa da mami e estraga toda a produção dela para a tal apresentação/reunião. Agora vem o choque, prepare-se. Mrs. Pfeiffer tira da sacola uma camiseta de seu filhote. E VESTE! Sim, do alto de seus 40 e poucos anos esta senhora vestiu uma camisetinha de seu pequeno rebento. Não gostaria nem de precisar explicar, mas qual unidade de medida vestuária esta criatura deve usar?

Enfim, eu nunca fui capaz de esquecer. Jamais seria possível conviver com isso. Era uma camiseta com estampa de dinossauro.

Fato é que eu me vi obrigada no ano passado a comprar uma camiseta com estampas de dinossauro. Em Jericoacoara. E por quê?

Por quê custava R$ 10? Sim.
Por quê eu achei que podia ser a Michelle por um dia? Sim.
Por quê eu sou ridícula? Sim e Não.

E tantos outros porquês que poderíamos discutir (e podemos se assim você o quiser também) ao longo de muitos e muitos dias.

Abaixo deixo para você as imagens para simples demonstração/comparação.

Have a nice day!

=)

terça-feira, 17 de setembro de 2013

Profundo mau gosto

Não saber combinar.
Falar sem saber.
Tentar ser o que não é.
Falar o que não deve.
Errar o tom.
Calar quando é preciso desabafar.
Minimizar.
Forçar a barra.
Intrometer-se.
Não pensar em si mesmo.
Ter muitas certezas.
Deixar de sonhar.
Acreditar em tudo o que dizem.
Perder a fé.
Esquecer seus instintos.
Acertar sempre.
Abandonar sua origem.

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

A Farmácia

Se você já foi a uma farmácia sozinho vai saber do que eu estou falando.
E não é pra comprar remedinho que eu estou falando, não.
Já foi tomar injeção sozinho?

Pois é, acho que aos 31 anos, ontem foi a primeira vez que eu tive que encarar essa situação (e muitos dos componentes envolvidos nesta cena, como por exemplo, o farmacêutico).

Primeiramente preciso reforçar aqui a importância do farmacêutico na minha vida.
A minha madrinha de Crisma é farmacêutica e sempre que eu entro em uma farmácia eu lembro dela. Sempre. Em plena Jericoacoara, onde mal pega o celular, tive que ligar pra saber se estava fazendo a escolha certa. Se bem que levando em conta onde eu estava, acredito que a medida preventiva tenha valido a pena.

Pois bem. Lá estava eu na Farmácia 2000. Um belo nome. Me pergunto o que fez o empresário criativo a colocar esse nome em sua loja repleta de saúde. Mas enfim.
Como você pediria uma injeção?

- Oi, boa noite.
- Boa noite.
- O senhor... aplica injeção?

Eu falei isso pro cara e me senti IMEDIATAMENTE num filme de quinta. Mas eu falei. E só piora.

- Aplico, claro.
- Eu preciso tomar esse aqui, ó (mostro a receita).
- Ah, okay.

O atendente procura o dito na prateleira e informa o valor (você sabe quanto custa uma injeção?!).

- O remédio é R$ 10. E tem mais R$ 10 da aplicação.

Eu avisei que piorava. Olha esse roteiro. Acha que está bom? Não tá.

Eis que ele começa a anotar diversas coisas. Uns cinco minutos de pânico depois percebo que ele tem que preencher uma espécie de nota de saída, pra controle da venda do medicamento, imagino eu.

- Podemos ir.

Aqui é importante você saber que este atendente viria a ser o sujeito autorizado pelo farmacêutico a aplicar soluções injetáveis. Ponto. O acompanho.

E aí, minha gente, vem a velha pergunta:

- É no braço... ou no bumbum?
- É nas nádegas, senhora. Há muitos anos que não se aplica mais injeções no braço.

Pára tudo! Em Maio desse ano eu tomei uma vacina no braço. Estou correndo risco? Vou morrer? Por que aquela mulher me vacinou no braço?!

Um misto de medo e vergonha (esse cara estava prestes a ver o meu popô). Mas chegou ao fim e foi menos ridículo do que poderia. Já pensou se eu perco o equilíbrio e... Tá, chega.

Aí eu lembrei de novo da tia Liza. Quando eu era pequena costumava acompanhá-la até a farmácia. Antigamente farmácia tinha cheiro(e Ph). Lembrei também da Vovó Maritta, que aplicava injeção em casa, em quem quer que fosse. Ela tinha habilidade e acho que até hoje deve ter.

É isso. Menos uma coisa na minha lista de coisas pra fazer.
E você aí, só querendo saber se doeu ou não doeu.