quarta-feira, 11 de setembro de 2013

A Farmácia

Se você já foi a uma farmácia sozinho vai saber do que eu estou falando.
E não é pra comprar remedinho que eu estou falando, não.
Já foi tomar injeção sozinho?

Pois é, acho que aos 31 anos, ontem foi a primeira vez que eu tive que encarar essa situação (e muitos dos componentes envolvidos nesta cena, como por exemplo, o farmacêutico).

Primeiramente preciso reforçar aqui a importância do farmacêutico na minha vida.
A minha madrinha de Crisma é farmacêutica e sempre que eu entro em uma farmácia eu lembro dela. Sempre. Em plena Jericoacoara, onde mal pega o celular, tive que ligar pra saber se estava fazendo a escolha certa. Se bem que levando em conta onde eu estava, acredito que a medida preventiva tenha valido a pena.

Pois bem. Lá estava eu na Farmácia 2000. Um belo nome. Me pergunto o que fez o empresário criativo a colocar esse nome em sua loja repleta de saúde. Mas enfim.
Como você pediria uma injeção?

- Oi, boa noite.
- Boa noite.
- O senhor... aplica injeção?

Eu falei isso pro cara e me senti IMEDIATAMENTE num filme de quinta. Mas eu falei. E só piora.

- Aplico, claro.
- Eu preciso tomar esse aqui, ó (mostro a receita).
- Ah, okay.

O atendente procura o dito na prateleira e informa o valor (você sabe quanto custa uma injeção?!).

- O remédio é R$ 10. E tem mais R$ 10 da aplicação.

Eu avisei que piorava. Olha esse roteiro. Acha que está bom? Não tá.

Eis que ele começa a anotar diversas coisas. Uns cinco minutos de pânico depois percebo que ele tem que preencher uma espécie de nota de saída, pra controle da venda do medicamento, imagino eu.

- Podemos ir.

Aqui é importante você saber que este atendente viria a ser o sujeito autorizado pelo farmacêutico a aplicar soluções injetáveis. Ponto. O acompanho.

E aí, minha gente, vem a velha pergunta:

- É no braço... ou no bumbum?
- É nas nádegas, senhora. Há muitos anos que não se aplica mais injeções no braço.

Pára tudo! Em Maio desse ano eu tomei uma vacina no braço. Estou correndo risco? Vou morrer? Por que aquela mulher me vacinou no braço?!

Um misto de medo e vergonha (esse cara estava prestes a ver o meu popô). Mas chegou ao fim e foi menos ridículo do que poderia. Já pensou se eu perco o equilíbrio e... Tá, chega.

Aí eu lembrei de novo da tia Liza. Quando eu era pequena costumava acompanhá-la até a farmácia. Antigamente farmácia tinha cheiro(e Ph). Lembrei também da Vovó Maritta, que aplicava injeção em casa, em quem quer que fosse. Ela tinha habilidade e acho que até hoje deve ter.

É isso. Menos uma coisa na minha lista de coisas pra fazer.
E você aí, só querendo saber se doeu ou não doeu.


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